sexta-feira, 23 de outubro de 2009

quemsoueu

Quem Sou Como Professor e Aprendiz?”

Vivemos entre diversos tipos de temporalidades. Na realidade, há uma percepção geral e intuitiva de que os múltiplos sentidos de tempo se entrecruzam na vida cotidiana. A percepção mecânica e objetiva, definida pelos relógios e calendários, orienta as nossas atividades rotineiras. Estabelece ritmos e nos auxilia operacionalmente a definir prazos e compromissos. Em um sentido consensual geral, o tempo determinado espacialmente pelos cronômetros, pela periodicidade dos bimestres, semestre e períodos, é uma imensa abstração, então, como educadora e apaixonada pelo que faço, ao ensinar, descobri que aprendo a aprender a cada dia, com cada atividade. Ao planejar uma aula, já sei que quando executá-la não conseguirei concluí-la segundo o que planejei, pois meus alunos tornarão minhas aulas mais valiosas e agradáveis com suas contribuições. Sei que vou aprender sempre e o que me dá esta certeza é o fato de ter humildade e estar sempre aberta para refletir sobre a forma de agir e pensar do meu aluno, refletindo também sobre a minha prática, postura e interação com os colegas, assim, jamais me sentirei desconfortável com o conhecimento que meu aluno (parceiro) traz para o nosso convívio educacional. A apreensão do conhecimento na perspectiva das novas tecnologias eletrônicas de comunicação e informação, ao ser assumida como possibilidade didática exige que, em termos metodológicos, também se oriente a prática docente a partir de uma nova lógica. A solução real, diz Kerckhove, “está em mudarmos as nossas percepções e não apenas as nossas teorias”. Compreender este novo mundo com uma nova lógica, uma nova cultura, uma nova sensibilidade, uma nova percepção.